quarta-feira, junho 18, 2025
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Teste privado após lesão: Oliveira vê grande esforço e benefício questionável

De acordo com o novo regulamento, Miguel Oliveira poderia ter feito testes privados após a sua pausa devido a lesão – No entanto, ele tem dúvidas quanto à aplicação desta regra

No final de abril, a Comissão do Grande Prémio concordou que os pilotos de MotoGP, após uma pausa prolongada, geralmente devido a lesões, podem realizar um teste privado antes do regresso. O objetivo é garantir que o piloto está realmente em forma e pode recuperar a sensação da moto e a sua velocidade, longe do stress de um fim de semana de corrida.

Existem alguns parâmetros para um teste privado deste tipo. O piloto deve ter perdido pelo menos três eventos consecutivos ou não ter participado em nenhum evento durante um período mínimo de 45 dias consecutivos na temporada em curso.

Num teste privado deste tipo, podem ser utilizados no máximo três conjuntos de pneus, que serão contabilizados na quota de pneus da equipa de testes do fabricante em questão. Um teste privado deste tipo é possível, mas não obrigatório.

Miguel Oliveira lesionou-se na corrida de sprint na Argentina. Isso aconteceu a 15 de março. Como o piloto da Pramac perdeu os fins de semana de corrida nos EUA, no Qatar e em Espanha, teoricamente teria sido possível realizar um teste privado antes do seu regresso em França.

O que pensa o português sobre esta alteração ao regulamento? «Diria que é uma boa ideia em casos muito específicos, como o atual de Jorge Martin», referindo-se à lesão do piloto da Aprilia.

«Acho que faz muito sentido, porque ele é alguém que ainda não conhece a moto, que caiu na primeira ou segunda volta dos testes de pré-temporada, depois voltou e teve um fim de semana normal – até à queda, que foi obviamente infeliz para ele.»

«Mas como implementar esta regra na prática – isso é mais difícil», considera Oliveira, por outro lado. «É preciso uma equipa de testes que esteja pronta para entrar em ação. É preciso encontrar uma pista onde se possa correr, e isso custa muito dinheiro.»

Isso porque também existem parâmetros relativos à pista para um teste privado como esse. Ele só pode ser realizado em um circuito onde o fabricante tenha permissão para testar de acordo com as regras de concessão ou em uma pista onde não haja mais nenhum Grande Prémio no decorrer da temporada.

Independentemente disso, o teste não pode ser realizado nas oito semanas anteriores a uma corrida de MotoGP marcada para essa pista. «Vale mesmo a pena gastar tanto dinheiro só para voltar?», questiona Oliveira. «Não sei.»

«Não sei, mas, ao mesmo tempo, é bom que pelo menos algo tenha mudado — está tudo bem. Mas se se quer verificar o estado físico, também se pode conduzir uma Superbike.»

«Custa muito menos e ainda se consegue ter uma boa sensação. Não sei se é uma sensação válida, mas pelo menos sabe-se se se consegue conduzir ou não», afirma o piloto da Yamaha. O tempo dirá se as equipas vão aproveitar a nova oportunidade de teste.

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