sábado, dezembro 6, 2025
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Carlos Sainz: Por que as curvas longas de Barcelona são um veneno para a Williams

Sem hipóteses na corrida em casa: Carlos Sainz explica por que a Williams nunca conseguiu entrar no ritmo em Barcelona – e por que o Canadá dá novamente motivos para esperança

Carlos Sainz teve um fim de semana para esquecer na sua corrida em casa, em Barcelona. Já na qualificação, o piloto da Williams ficou para trás, não por culpa própria, mas devido a uma série de circunstâncias infelizes, como explicou mais tarde.

«Tivemos simplesmente azar na segunda volta da Q1», disse Sainz. «Devido ao problema de Franco na pit lane, perdemos completamente o ritmo na volta de saída e na volta rápida. Tive de ultrapassar cinco ou seis carros, tive muito ar sujo, o que provavelmente também sobreaqueceu os pneus.»

No final, ficou em 18.º lugar na grelha de partida, apenas a um décimo e meio do 7.º lugar na Q1. Uma típica lotaria da Q1, em que cada pequeno detalhe faz a diferença. «Todas essas pequenas coisas que podem dar errado na Q1 aconteceram hoje conosco. Foi um cenário infeliz», disse Sainz. «Na verdade, o carro estava se sentindo muito melhor.»

Problema básico: perda aerodinâmica nas curvas

Além da qualificação fracassada, o problema estrutural do carro da Williams ficou evidente mais uma vez em Barcelona: ele perde muita aderência em curvas longas. Um padrão que Sainz aborda abertamente na sua análise e identifica como a principal fraqueza.

«Assim que se aplicam forças combinadas no carro, ou seja, ao virar e travar ao mesmo tempo, a aerodinâmica desaparece», explica ele. «É por isso que gostamos de retas longas e curvas curtas. Quanto mais longa a curva, mais tempo o carro passa em uma condição com pouca aerodinâmica.»

O resultado: a Williams só funciona em determinadas pistas. Barcelona não é uma delas – é muito técnica, tem curvas muito longas e pouca descarga para o carro. Embora a equipa já tenha melhorado o problema em relação ao ano passado, «continua a ser a nossa maior fraqueza».

Corrida destruída logo no início – devido ao caos e aos danos

A corrida em si acabou basicamente para Sainz após poucos metros. Na largada, ele se envolveu em uma confusão em que vários carros se tocaram. «Acho que houve um acidente à minha frente, tentámos desviar, mas acabámos por nos tocar», descreve ele. Ele danificou a asa dianteira e teve de entrar nos boxes para trocá-la.

Mas não foi só isso: depois disso, o espanhol lutou contra o superaquecimento do motor durante toda a corrida, especialmente quando estava perto de outros carros. «Sempre que nos aproximávamos de outro carro a menos de dois segundos, tínhamos de controlar a temperatura do motor», disse Sainz. «Nas poucas voltas que consegui correr em ar limpo, o ritmo foi bom, mas já era tarde demais.»

Uma longa paragem nas boxes e a gestão permanente da temperatura impediram qualquer recuperação. «Foi simplesmente um daqueles dias em que nada funciona», resumiu Sainz, desanimado. Na «terra de ninguém», sem hipóteses reais de pontuar.

Olhar para a frente: esperança para o Canadá

Apesar da frustração, o piloto da Williams continua otimista. «Espero que estejamos de volta ao Q3 e aos pontos no Canadá», afirma. O Circuito Gilles Villeneuve é claramente mais favorável à Williams: curvas curtas, retas longas, menos carga lateral.

Olhando para as próximas corridas, Sainz só espera fins de semana igualmente difíceis em Zandvoort e no Catar. Os restantes circuitos deverão ser mais favoráveis ao FW46. Ao mesmo tempo, ele exorta a equipa a resolver o problema fundamental: «Temos de compreender por que razão o nosso carro é tão fraco nestes circuitos e garantir que, no próximo ano, não teremos flutuações tão grandes no desempenho entre circuitos bons e maus.»

O objetivo é claro: consistência ao nível da McLaren. Porque, segundo Sainz, «a McLaren é forte em Barcelona, mas também não é realmente fraca noutras pistas. É exatamente aí que temos de chegar.»

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