sábado, outubro 18, 2025
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Symonds: A entrada da Cadillac na Fórmula 1 é «um grande desafio»

Em menos de um ano, de uma fábrica vazia a uma equipa de Fórmula 1: Pat Symonds fala sobre a enorme pressão envolvida na construção do novo projeto da Cadillac

Pat Symonds, consultor técnico chefe da Cadillac, descreve a construção da nova equipa de Fórmula 1 como assustadora («frightening»). O experiente engenheiro, que anteriormente atuou como diretor técnico na Fórmula 1 e teve participação decisiva no desenvolvimento do regulamento a partir de 2022, descreve a dimensão do projeto como extraordinária, tanto em termos de cronograma quanto de complexidade.

A Cadillac entrará oficialmente na Fórmula 1 em 2026, depois que a General Motors assumiu a candidatura iniciada pela Andretti Global. No entanto, o pontapé inicial oficial só foi dado em 7 de março deste ano — apenas 364 dias antes do primeiro treino livre na Austrália em 2026.

«Não é possível construir uma equipa de Fórmula 1 em 364 dias», diz Symonds. «Foi impressionante o grande empenho da Cadillac, mesmo antes da entrada oficial ser confirmada. Muitos começaram numa fase em que ainda não estava claro se realmente obteríamos a aprovação.»

Do nada para uma equipa com 400 funcionários

No início do ano, apenas cerca de 160 pessoas trabalhavam no projeto, relata Symonds: «Quando recebemos a confirmação oficial, já eram cerca de 200 — e agora são mais de 420. O crescimento foi rápido, mas também incrivelmente exigente. O recrutamento foi um dos maiores desafios.»

Symonds está particularmente impressionado com a qualidade do trabalho que já foi realizado em tão pouco tempo: «Eu já conhecia muitas das pessoas de antes, e o que encontrei foi realmente de alta qualidade — ao nível das melhores equipas da área.»

A infraestrutura como o maior esforço

Além do desenvolvimento do carro, a construção das estruturas foi uma tarefa enorme: «Construir um carro de Fórmula 1 é difícil — já fiz cerca de 40, então a certa altura já se sabe o que precisa ser feito e quando. Mas a infraestrutura, os processos, os edifícios, a logística — isso é algo que se faz raramente e é um grande esforço.»

A Cadillac já construiu um primeiro chassis de teste para testar os processos de homologação e testes de colisão. «Este chassis não era um carro pronto para correr, porque naquela altura ainda não conhecíamos os detalhes da instalação do motor», explica Symonds.

«Mas ajudou-nos a verificar os processos necessários, também devido às novas normas de segurança, que são muito exigentes.»

No segundo trimestre, a Cadillac concluiu todos os testes necessários com o protótipo. «O nosso primeiro chassis de corrida já está pronto, os testes de colisão estão agendados para as próximas semanas. Muitas peças estão a chegar agora – estamos a avançar bem.»

Projeto gigantesco com um objetivo claro

Apesar da enorme carga de trabalho, Symonds está otimista em relação ao futuro: «Estamos no bom caminho. A equipa está a crescer, a qualidade está boa e temos um plano claro de como vamos conseguir tudo a tempo do início da temporada.»

Além disso, há um novo regulamento para os motores, no qual a propulsão elétrica representa uma parcela maior da potência total. Para Symonds, esse é um passo decisivo: «Nova aerodinâmica, novo carro, novo motor — tudo de uma vez. Não é um caminho fácil, mas, se funcionar, será um sucesso extraordinário.»

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