No sábado, a seleção Sub-18 da DBB começa o Campeonato Europeu contra a Itália. Após uma preparação fraca e algumas preocupações com o plantel, ainda há muitas dúvidas.
A seleção Sub-18 alemã tem um grande desafio pela frente. Há pouco mais de um ano, a equipa conquistou o título pela primeira vez na história da federação em Tampere, na Finlândia, dominando de ponta a ponta. Na altura, Christian Anderson, Jack Kayil, Ivan Kharchenkov, Declan Duru e Hannes Steinbach já eram jogadores universitários e da BBL, todos com chances de chegar à NBA. Este ano, essa classe simplesmente não está representada.
Mathieu Grujicic é claramente o melhor e mais empolgante jogador da DBB. O robusto ala já causou entusiasmo no FC Barcelona e na próxima temporada irá marcar pontos pela Ohio State University. Há alguns meses, ele também brilhou como único alemão no acampamento «Basketball Without Borders» nos EUA. Depois disso, o elenco fica bastante enfraquecido.
Com Davi Remagen, falta o segundo melhor jogador devido a uma lesão (lesão na mão), e a ausência de Julis Baumer (ruptura dos ligamentos) também é dolorosa, já que o lançador jogou bem pelo Ludwigsburg na temporada passada.
Outros terão que compensar, principalmente os jovens do Skyliner Ivan Crnjac e Jamie Edoka. Os dois já estrearam na BBL na temporada passada e dominaram nas categorias de base: o capitão da seleção europeia Crnjac foi eleito o MVP da Bundesliga juvenil (NBBL), enquanto Edoka foi o novato do ano. Agora, eles devem dar o próximo passo no cenário internacional.
Dúvidas também sobre o treinador Arigbabu
Mas não são só dentro da equipa que há dúvidas, também do lado dos treinadores nem tudo está bem definido. Stephen Arigbabu, que disputou 166 jogos pela seleção nacional, assumiu a equipa sub-18 só este ano e ainda precisa de se entrosar com o novo grupo. O facto de conhecer muitos jogadores do seu trabalho como treinador adjunto da equipa sub-17 ajuda. «Isso facilita a integração e cria confiança. Os jogadores também não precisam de se conhecer completamente, o que é uma grande vantagem, dado o nosso tempo de preparação limitado», afirmou ele próprio. No entanto, a sua última passagem como treinador principal ao nível profissional já remonta a alguns anos (Rasta Vechta 2014/15).
A preparação foi igualmente irregular. A equipa sub-18 disputou recentemente três jogos de teste em Riga, na Letónia, dois contra a Letónia e um contra a Geórgia. Dos três jogos, a equipa da DBB venceu apenas um, embora o primeiro jogo contra a anfitriã tenha terminado com apenas um ponto de diferença.
A derrota no último jogo contra a Geórgia também foi evitável, pois a Alemanha esteve em desvantagem desde o início e complicou a sua vida com erros desnecessários. «Demasiados erros defensivos e falta de eficácia no ataque acabaram por levar à derrota. Agora é preciso tirar as conclusões certas para estarmos na melhor forma possível na estreia do Campeonato Europeu, daqui a uma semana, contra a Itália», analisou Arigbabu após o jogo.
Campeonato Europeu Sub-18: DBB precisa de um torneio perfeito
A Alemanha não pode cometer erros como esses no Europeu, o grupo não perdoa muito. Com a Itália (vice-campeã mundial sub-17 de 2024), o grupo tem um adversário difícil logo na estreia, e Israel também pode ser perigoso para a seleção alemã, enquanto a Bulgária é uma vitória obrigatória.
De qualquer forma, a seleção alemã não pode ser eliminada na fase de grupos, pois todas as equipas têm a chance de se qualificar para a próxima fase do torneio nas oitavas de final. Aqui, porém, a classificação é decisiva. Em caso de uma fase de grupos fraca, uma tarefa realmente difícil pode aguardar nas oitavas ou quartas de final (por exemplo, Espanha, Sérvia ou França).
Ao contrário do último torneio ou do Mundial Sub-19, tudo tem de correr bem para a Alemanha em Belgrado, na Sérvia, para que consiga conquistar a próxima medalha. Não há uma abundância de jogadores estrela que decidem os jogos sozinhos. A profundidade também é um problema, pois, além do trio Grujicic, Crnjac e Edoka, quase nenhum jogador tem experiência profissional.
A equipa tem de contar com a magia dos grandes torneios e com um desempenho excecional dos seus melhores jogadores. Arigbabu sabe disso: «Estou convencido de que só teremos sucesso se atuarmos como uma equipa, jogarmos juntos e lutarmos uns pelos outros. Talvez seja possível ganhar um ou dois jogos com jogadas individuais, mas, a longo prazo, só o espírito de equipa nos levará ao sucesso», explicou.






