quarta-feira, outubro 8, 2025
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Fórmula 1 em Londres: o que está por trás da nova megaestratégia

A orientação estratégica da Fórmula 1 explicada: por que a série de corridas está a se apresentar com novos parceiros e quem pretende alcançar com isso

McLaren na Trafalgar Square, troféus Lego no pódio e Harrison Ford como embaixador da marca: em torno do Grande Prémio da Grã-Bretanha de 2025, a Fórmula 1 demonstrou o seu potencial comercial em constante crescimento e, segundo Emily Prazer, até «superou» o famoso torneio de ténis de Wimbledon.

Como Prazer, diretora comercial da Fórmula 1, explica no podcast «James Allen on F1», o patrocínio no ambiente direto da série de corridas já atingiu um volume de mais de dois mil milhões de euros.

Mas a Fórmula 1 não quer descansar sobre os louros: os sucessos recentes devem ser um incentivo para continuar a trabalhar na imagem pública.

«Chase Carey nos disse há cinco anos: cada fim de semana de corrida deve ser como o Super Bowl. Ainda acreditamos nessa afirmação», diz Prazer.

O Grande Prémio da Grã-Bretanha é o exemplo perfeito disso. «Foi uma loucura», diz Prazer. «Pela primeira vez nos oito anos em que estou na Fórmula 1, vi tantas atividades relacionadas à Fórmula 1 no centro de Londres e no Instagram e nas redes sociais em geral.»

E as equipas estão a seguir o exemplo: além da McLaren, a Aston Martin e a Williams também realizaram seus próprios eventos de relações públicas na capital inglesa.

«Isso mostra que não se trata apenas de conquistar parceiros como Louis Vuitton e Pepsi para a Fórmula 1», explica Prazer. «Porque as equipas são as nossas maiores plataformas de marketing quando se trata de alcançar o público. Então vemos como o desporto está a subir de nível em todos os aspectos.»

«Mas não podemos tomar isso como garantido, temos de continuar a inovar.»

Resultados da pesquisa e filme como incentivo

A pesquisa atual sobre a Fórmula 1 também anima Prazer e os seus colegas: 94% dos entrevistados afirmaram que pretendem continuar a acompanhar a Fórmula 1 nos próximos cinco anos.

«Acredito que este valor é superior ao que todos esperávamos», afirma Prazer. «E isso significa realmente que temos de adaptar o nosso marketing global para garantir que os futuros decisores, ou seja, precisamente estas pessoas, continuem empenhados e entusiasmados.»

Isso se encaixa perfeitamente com o novo filme sobre a Fórmula 1, estrelado por Brad Pitt, que estreou nos cinemas há algumas semanas. Prazer considera o projeto um grande sucesso: «Ele eleva a Fórmula 1 a um novo patamar.»

Como manter o interesse do público

E esse nível deve ser mantido quando a Fórmula 1 entrar na sua nova era técnica em 2026. «Temos de converter o interesse das pessoas e garantir que comunicamos com elas da forma correta, especialmente tendo em vista as mudanças para 2026», afirma Prazer. «É importante que os nossos fãs compreendam por que estamos a tomar essas medidas.»

Mas até lá, a Fórmula 1 ainda tem «algumas surpresas na manga», segundo a diretora comercial da série de corridas. Ela não diz muito mais sobre isso, apenas: «Continuaremos a trazer patrocinadores como a Pepsi a bordo — marcas que são muito bem recebidas pela geração mais jovem.»

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