A Mercedes admite que a ordem da equipa dada no México chegou demasiado tarde — em retrospetiva, a decisão deveria ter sido tomada muito mais cedo
George Russell terminou o Grande Prémio do México no fim de semana apenas em sétimo lugar, mas, segundo ele, poderia ter terminado em uma posição melhor se a Mercedes tivesse dado uma ordem da equipa a seu favor mais cedo na corrida.
Russell ficou preso várias voltas atrás do seu companheiro de equipa Kimi Antonelli e, quando a Mercedes finalmente instruiu o novato na volta 41 para deixar Russell ultrapassar, já era tarde demais, segundo ele. «Já não fazia sentido fazer isso», disse o britânico.
«Ou se faz imediatamente ou não se faz», explicou Russell após a corrida, porque: «Naquele momento, os meus pneus e travões estavam superaquecidos e o motor também estava a começar a superaquecer.»
Consequentemente, ele não conseguiu ganhar mais posições após a troca de lugares e, no final, devolveu o sexto lugar ao seu companheiro de equipa pouco antes do final. O representante da equipa Mercedes, Bradley Lord, confirmou entretanto que a ordem da equipa chegou demasiado tarde. «No México, foi muito difícil ultrapassar devido à baixa aerodinâmica, especialmente devido ao fenómeno do ar sujo, que agora parece ter mais impacto do que nunca desde a introdução destas regras em 2022», explica ele num vídeo da equipa.
«Portanto, foi uma situação complicada e provavelmente não a gerimos da melhor forma», admite, explicando: «Deixámos o Kimi conduzir de forma a poupar os pneus, para que pudesse terminar a corrida com uma única paragem.»
«Ele fez exatamente o que lhe foi pedido», esclarece Lord. Russell, por outro lado, estava atrás do seu companheiro de equipa, sob «pressão» de Oscar Piastri na McLaren e, ao mesmo tempo, preso no «ar sujo» de Antonelli. Por isso, o britânico pediu várias vezes pelo rádio para trocar de lugar.
«Acabámos por decidir trocar de posição e, olhando para trás, penso que, independentemente de termos decidido manter as posições ou trocá-las, foi o atraso que não nos favoreceu», afirma Lord.
«A lição a tirar disto é que devíamos ter agido com mais determinação, pedindo para manter as posições ou trocando-as, em vez de esperar tanto tempo como esperámos», admite o responsável da Mercedes.
No Campeonato Mundial, a Mercedes caiu para o terceiro lugar atrás da Ferrari no México, após um resultado misto com P6 e P7. Com o segundo lugar de Charles Leclerc, a Scuderia está agora novamente um ponto à frente das Flechas de Prata, a quatro corridas do final.




