O diretor executivo da Renault, François Provost, promete estabilidade para a Alpine, apesar da desistência dos motores e da fraca temporada, e aposta em duas pessoas-chave
O novo diretor executivo da Renault, François Provost, quer manter a marca Alpine, subsidiária da Renault, na Fórmula 1. No Grande Prémio da Itália de 2025, em Monza, Provost disse à Canal+: «Com a minha visita, quero acima de tudo reafirmar que permaneceremos na Fórmula 1 por muito tempo.»
Isso nem sempre foi claro: A equipa francesa vem há anos atrás das suas próprias ambições e objetivos e, no final da temporada de 2025, vai até fechar a sua própria fábrica de motores em Viry-Chatillon, na França. A partir de 2026, a Alpine passará a adquirir motores da Mercedes, deixando de ser uma equipa de fábrica para se tornar apenas uma equipa cliente. Mas, em termos de pilotos, há uma constante: Pierre Gasly renovou recentemente o seu contrato com a Alpine. Provost considera isso um «sinal muito positivo» para a equipa de Fórmula 1. «Em 2026, entraremos numa nova era, que será uma era de desempenho, mas acima de tudo uma era de estabilidade. A contratação de Pierre é um bom sinal disso.»
Além disso, a equipa de Fórmula 1 da Alpine, sob a orientação do consultor Flavio Briatore, está a dar «muitos passos em frente», salienta Provost. «A nomeação de Steve Nielsen como chefe de equipa é um bom exemplo disso.» Nielsen sucederá em setembro a Oliver Oakes, que por sua vez esteve pouco tempo no cargo — também na direção, a Alpine tem carecido ultimamente de consistência.
A história da Alpine na Fórmula 1
A Alpine compete na Fórmula 1 com o seu próprio nome desde 2021 e conseguiu uma vitória surpreendente logo no primeiro ano: Esteban Ocon venceu o turbulento Grande Prémio da Hungria. Mais recentemente, a Alpine ficou em segundo e terceiro lugares no pódio em 2024 no Brasil com Ocon e Gasly — e até agora está claramente em último lugar na classificação de construtores da Fórmula 1 em 2025.
A história da equipa remonta a 1981, quando participou pela primeira vez no Campeonato Mundial de Fórmula 1 com o nome Toleman. Mais tarde, Benetton comprou a equipa e levou-a ao sucesso no campeonato mundial pela primeira vez em 1994/95 com Michael Schumacher. Pouco depois, surgiu a equipa de fábrica da Renault, que voltou a ser campeã mundial em 2005/06 com Fernando Alonso. Entretanto, a Renault despediu-se da Fórmula 1 como construtora, mas regressou em 2016 e voltou a assumir a sua antiga equipa, inicialmente com o seu próprio nome, até que em 2021 foi renomeada para Alpine.




