quarta-feira, outubro 8, 2025
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Liquidação e teto salarial: o que vem por aí para o Lyon

O Olympique Lyon evitou o rebaixamento. Mas isso está longe de ser o fim dos problemas. O clube enfrenta um duro golpe já neste verão.

O Olympique Lyon evitou o pior, e continuará a jogar na Ligue 1 em 2025/26. O recurso bem-sucedido contra o rebaixamento forçado, imposto no final de junho e agora revogado na quarta-feira, significa um grande alívio para o clube em dificuldades financeiras, que agora também pode contar com as receitas mais elevadas da liga e da Liga Europa na próxima temporada.

Mas isso ainda está longe de resolver todos os problemas. A comissão de recurso aprovou a permanência do OL na liga apenas sob a condição de que o montante previsto no orçamento que o clube pode gastar na próxima temporada em salários e transferências seja fortemente limitado. A nova direção, composta pela presidente Michele Kang e pelo diretor-geral Michael Gerlinger, terá de implementar cortes radicais, sobretudo na equipa profissional, embora Gerlinger tenha salientado na quarta-feira à noite que não se trata de «uma política de austeridade, mas sim de uma política de disciplina financeira».

A primeira medida para este rumo é a venda de jogadores. Já antes da primeira audiência em junho, a direção do clube apresentou à comissão uma lista de jogadores que serão vendidos ainda este verão, o que poderia render cerca de 100 milhões de euros para os cofres vazios. Entre eles estão jogadores experientes como Nemanja Matic, Duje Caleta-Car e Jordan Veretout, mas também importantes jogadores como o jovem talento Malick Fofana e o guarda-redes Lucas Perri.

O problema: todos os potenciais compradores estão cientes das dificuldades do OL, e a posição de negociação não é nada favorável, mesmo que a permanência na Ligue 1 e na Liga Europa, graças às receitas adicionais, aliviem pelo menos um pouco a necessidade urgente de vender tudo.

O avançado Georges Mikautadze e o médio Thiago Almada não estavam na lista de vendas, mas devem despertar o interesse de outros clubes – embora o caso de Almada seja complicado: o argentino estava oficialmente emprestado pelo clube brasileiro Botafogo – outro clube que pertence ao acionista majoritário do Lyon, John Textor, que entretanto se demitiu. Na verdade, ele deveria ser contratado em definitivo após o empréstimo, mas os acontecimentos no universo Eagle Football de Textor são pouco claros. O futuro de Almada — e a possibilidade de o Lyon lucrar com ele — permanece incerto.

Apesar da liquidação: Lyon quer «jogar pela Europa»

Apesar disso, segundo a imprensa francesa, o Lyon pretende fazer um corte enorme nos salários dos jogadores. Se há dois anos o OL pagava aos seus jogadores cerca de 160 milhões de euros por ano – o segundo valor mais alto da Ligue 1 –, no futuro serão apenas 60 milhões de euros por ano. O objetivo é estabelecer um teto salarial autoimposto: cada jogador poderá ganhar no máximo 200 mil euros brutos por mês, o que praticamente exclui novas contratações de alto nível. Pelo menos os contratos dos dois jogadores mais bem pagos, Alexandre Lacazette e Nicolas Tagliafico, já expiraram, e ambos deixarão o clube.

Kang e Gerlinger têm agora a difícil tarefa de construir uma equipa forte, apesar da venda iminente e de um nível salarial significativamente mais baixo, para que a equipa não corra o risco de cair também no plano desportivo após a despromoção forçada. O próprio Gerlinger mostrou-se combativo: «Queremos continuar a disputar competições europeias na próxima época.»

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