Uma das maiores dinastias do eSport está numa encruzilhada. A T1, pentacampeã mundial e atual detentora do título, não viaja para a China como grande favorita, mas sim com receio de perder o seu lugar na fase principal. No entanto, o treinador «KkOma» mantém a calma.
Há mais de uma década, a T1 representa o que é considerado o padrão de excelência no League of Legends: excelência competitiva — cinco títulos mundiais falam por si. Depois de 2023 e 2024, a equipa agora busca o triplo histórico. Um terceiro título consecutivo — algo que ninguém acreditava ser possível até agora. Mas desta vez, a T1 começa na posição mais difícil de todo o torneio: como quarta classificada da Coreia, no meio dos play-ins.
«Neste momento, só conta o jogo contra a Invictus Gaming. Tudo o que penso é na preparação para esta série», «Se conseguirmos, teremos algum tempo para analisar o resto do torneio e preparar-nos de forma específica.» Em 2013, «KkOma» levou a SK Telecom T1 ao seu primeiro título mundial e, ao mesmo tempo, descobriu um talento excepcional: Sang-hyeok «Faker» Lee.
Força mental sob pressão
Poucos treinadores sabem melhor do que ele o que significa estar sob pressão. «KkOma» conquistou títulos internacionais com diferentes formações e aprendeu que o próprio sucesso pode se tornar o maior fardo.
Este ano, a T1 começa o campeonato mundial numa posição de aparente fraqueza. Força mental e autoconfiança são agora as suas maiores armas. «Concentro-me no presente — e apenas no presente», diz «KkOma». A pressão pública não é uma das suas prioridades. Com um plantel composto por veteranos experientes, o treinador não precisa de construir egos ou autoconfiança: «Todos os nossos jogadores são profissionais experientes», diz ele: «Estou convencido de que podemos vencer qualquer adversário.»
A confiança de Kim na experiência mostra o quanto o seu estilo de treino mudou. Antes, quando trabalhava com novatos, ele concentrava-se no «essencial» e evitava abordar assuntos que «não eram muito importantes» para eles. Mas, mesmo naquela época, o seu foco era criar um ambiente em que os seus jogadores pudessem «concentrar-se apenas no jogo».
Adaptar-se, mudar, melhorar
Novos campeões, metas mais rápidas, concorrência mais acirrada — o que define um jogador de topo mudou. Mas, para ‘KkOma’, uma coisa permanece a mesma: a pressão. Os torneios internacionais anteriores já eram, como ele diz, “lotados” — um teste de resistência para habilidade e perseverança.
A verdadeira mudança, diz ele, está hoje na forma como as equipas têm de se adaptar no próprio jogo. O novo formato Fearless Draft obriga jogadores e treinadores a tomar decisões rápidas. Proíbe a escolha dupla de campeões numa série melhor de cinco. Agora, não se trata apenas de conhecer o jogo, mas também de reagir rapidamente às escolhas do adversário.
«O Fearless depende do domínio real dos campeões pelos jogadores», explica Kim: «No quarto ou quinto jogo, é necessária muita espontaneidade.» O formato obriga até mesmo equipas experientes a sair da sua zona de conforto. Para «KkOma», isso significa mais do que apenas aperfeiçoar estratégias antigas. «Estamos em constante evolução», diz ele: «O que funcionava ontem já não serve hoje. Cada patch, cada formato exige que te adaptes.»
O peso do sucesso
A situação inicial da T1 no Worlds 2025 mostra como é difícil permanecer no topo. Após dois títulos mundiais consecutivos, as expectativas estão mais altas do que nunca. Torneios anteriores provam que mesmo os favoritos podem falhar cedo — a preparação e a adaptação são fundamentais. Mas também mostram que é possível percorrer o caminho desde as eliminatórias até à taça.
Em 2022, a DRX conseguiu exatamente isso — desde o primeiro jogo até à final, vencendo todas as séries — inclusive contra a T1. Agora, a poderosa equipa coreana está na linha de partida. Agora cabe à T1 provar que tem força e confiança para seguir o mesmo caminho — da primeira série do torneio até a última, sem uma única derrota.
Os play-ins começam na terça-feira, a partir das 10h. Reunimos todas as informações sobre o torneio aqui.
