Ainda não foi comunicado oficialmente quanto os participantes europeus receberão como prémio inicial no novo formato ampliado da Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Um documento interno revela o segredo.
Há muito que a federação mundial comunicou quais os montantes que irá distribuir aos 32 participantes: nomeadamente, mil milhões de dólares americanos, o que equivale, atualmente, a 877 milhões de euros, tendo em conta a forte desvalorização do dólar face ao euro. No final de março, este montante ainda seria de 923 milhões de euros. Este montante será dividido de acordo com o desempenho desportivo (cerca de 417 milhões de euros) no torneio nos EUA e em prémios iniciais (cerca de 460 milhões de euros).
De acordo com o ranking da ECA, com base em critérios desportivos e comerciais
Enquanto os clubes das outras confederações recebem o mesmo prémio inicial – os sul-americanos, por exemplo, 13,4 milhões, os oceânicos 3,1 milhões e os restantes 8,4 milhões de euros -, este bónus varia entre os europeus. A FIFA comunicou uma variação de 11,2 a 33,5 milhões de euros, «determinada por um ranking baseado em critérios desportivos e comerciais», segundo o comunicado da federação.
Um documento da associação de grandes clubes ECA revela o segredo de como é calculada essa classificação. De acordo com o documento, a distribuição concreta é decidida por um valor misto entre uma tabela desportiva, baseada no desempenho nas últimas quatro temporadas da Liga dos Campeões, e uma classificação económica, baseada no volume de negócios dos clubes sem receitas de transferências nas últimas quatro temporadas.
Montante base de 9,2 milhões de euros para todos os europeus
O «décimo segundo» europeu — medido pela classificação do documento da ECA, seria o RB Salzburg — recebe, como é sabido, 11,2 milhões de euros. Por cada posição nesta tabela da UEFA, o prémio inicial aumenta em pouco mais de dois milhões de euros. A consideração em que se baseia este cálculo: cada europeu recebe um montante base de 9,2 milhões de euros e é depois recompensado pelos seus resultados desportivos e pela sua contribuição comercial para o produto de marketing que é o futebol no último ciclo de quatro anos.
Com base no ranking de clubes da UEFA, que considera apenas as últimas quatro temporadas, e numa análise da agência de consultoria desportiva «Football Benchmark», o Manchester City ficaria em primeiro lugar. Embora o Real Madrid esteja à frente em termos de receitas, seguido pelo City, no campo desportivo a situação é exatamente o oposto, o que significaria um empate entre os dois clubes. No entanto, quando questionada sobre o assunto, uma pessoa familiarizada com o caso afirmou que, numa constelação como essa, os méritos desportivos devem ser avaliados mais do que os económicos. O FC Bayern ficaria em terceiro lugar e o Borussia Dortmund em sexto. O máximo que os Skyblues podem ganhar no torneio é 110,4 milhões de euros.




