O Mainz 05 já pagou cerca de 1,5 milhões de euros em salários retroativos ao seu ex-jogador Anwar El Ghazi. Agora, poderá ter de pagar mais uma quantia na casa dos seis dígitos. É o que se perfila após a audiência no Tribunal Regional do Trabalho da Renânia-Palatinado, que sugeriu um acordo.
Na audiência de recurso (AZ: 3 SLa 254/24), ambas as partes declararam que pretendem chegar a um acordo extrajudicial sobre o despedimento. Trata-se de um novo pagamento retroativo de salários. Em primeira instância, o Tribunal do Trabalho tinha considerado apenas o período até junho de 2024. No entanto, Anwar El Ghazi assinou em setembro de 2023 um contrato até ao final de junho de 2025. O juiz presidente Andreas Budroweit apresentou um montante de cerca de 800 000 euros.
O Mainz 05 rescindiu sem aviso prévio o contrato do holandês de origem marroquina em novembro de 2023, depois de este ter partilhado uma publicação pró-palestiniana nas redes sociais. A publicação continha o slogan «From the River to the Sea, Palestine will be free» («Do rio ao mar, a Palestina será livre»).
O Mainz 05 dispensou inicialmente o jogador, então com 26 anos, e, após uma conversa, divulgou um comunicado à imprensa informando que El Ghazi estava arrependido e seria perdoado. O jogador, por sua vez, desmentiu essa versão através da sua conta no Instagram. Após algumas idas e vindas, ocorreu a rescisão extraordinária e sem aviso prévio.
Para a temporada 2024/25, El Ghazi juntou-se ao Cardiff City, da segunda divisão inglesa. Após o rebaixamento do clube, o jogador sem contrato mudou-se há poucos dias para o Al-Sailiya, no Catar. Segundo consta, o jogador, hoje com 30 anos, ganhava em Cardiff menos do que o valor acordado contratualmente em Mainz. Além de um salário mensal de 150 mil euros, o contrato de dois anos previa quatro bónus de fidelidade, que somavam 1,4 milhões de euros.

