A conclusão desanimadora de Fernando Alonso sobre o desempenho da Aston Martin na Bélgica: por que o chefe da equipa, Andy Cowell, continua confiante
O 13.º lugar de Lance Stroll na corrida sprint foi o melhor resultado da Aston Martin no Grande Prémio da Bélgica de 2025, em Spa-Francorchamps. Por isso, não é surpreendente que Fernando Alonso resuma assim o fim de semana da sua equipa: «Foi muito mau.»
A Aston Martin tinha apostado tudo na chuva, já na qualificação. Mas como o tempo permaneceu seco, Alonso e Stroll ficaram para trás – pelo menos com a chance de avançar no Grande Prémio, caso as condições permitissem. «Mas então rodámos apenas seis voltas no molhado e 38 no seco, com sol – e fomos lentos», disse Alonso.
Mesmo a sua paragem antecipada nas boxes na volta 11 para trocar os pneus intermediários por pneus slicks não foi uma jogada genial, mas sim uma necessidade: «Simplesmente, os pneus intermediários estavam no fim. Já não aguentavam mais, por isso tivemos de trocar», explica Alonso. «Não foi uma decisão corajosa como em Silverstone.»
Não havia nenhuma chance realista de pontuar para o bicampeão mundial, que chegou a estar em 13.º lugar no Grande Prémio. No final, ficou apenas em 17.º, «porque fizemos mais uma paragem, o que me custou algumas posições», disse Alonso. O seu companheiro de equipa, Stroll, terminou a corrida com apenas uma paragem, em 14.º lugar, também fora do top 10.
Por que o chefe da equipa Cowell ainda vê aspectos positivos
O chefe da equipa Aston Martin, Andy Cowell, ainda vê o lado positivo do fim de semana de corrida em Spa e está especialmente satisfeito com a experiência com a asa dianteira da sua equipa: «A asa vai trazer muito mais em uma pista como a da Hungria, que exige mais downforce, do que aqui em Spa, com pouco downforce.»
Aliás, a nova asa dianteira nem foi utilizada na corrida: «Nós a removemos porque era mais adequada para condições molhadas. Em vez disso, optamos por uma configuração com menos downforce para equilibrar melhor o carro.»
Mas isso não ajudou: a Aston Martin ficou irremediavelmente para trás. Cowell admite: é «naturalmente decepcionante» não pontuar nem no sprint nem no Grande Prémio. «Mas no que diz respeito ao funcionamento operacional deste fim de semana, não posso reclamar. Agora vamos voltar, analisar os dados e depois veremos na Hungria se conseguimos pontuar.»
Será que a Hungria será melhor? Alonso com humor negro
Entretanto, Alonso pratica o humor negro: ele acredita que as coisas correrão melhor para a Aston Martin no Grande Prémio da Hungria, em Budapeste. Afinal, não podem ficar pior do que o 19.º e o 20.º lugar na qualificação.
Cowell quer «rever com atenção» a qualificação, porque «temos a sensação de que nos falta algo em termos de ritmo puro na qualificação», disse o chefe da equipa. «Mas vamos continuar a procurar e a analisar o que se passa.»
Talvez nas prioridades internas da Aston Martin? Cowell admite: «Estamos a investir muito pouco no desenvolvimento do desempenho deste carro. Atualmente, não temos nenhum aerodinamicista no projeto em andamento.» Recentemente, um número «ínfimo» de funcionários trabalhou nas últimas atualizações. No entanto, a Aston Martin «aprendeu muito» com isso.
Mas com que pensamentos Cowell antecipa o Grande Prémio da Itália em Monza, numa outra pista de alta velocidade? «Não estou muito preocupado», diz ele. «A partir da Hungria, esperamos poder montar um bom pacote geral.»

