As equipas do Rally1 podem fazer alterações para evitar novos problemas com o sistema de combustível – A FIA tomou essa decisão após a Grécia
As equipas Rally1 do Campeonato Mundial de Ralis (WRC) podem fazer alterações nos seus veículos para evitar a repetição dos problemas com o sistema de combustível que ocorreram no Rali da Acrópole, na Grécia.
As equipas Rally1 tiveram de monitorizar dificuldades com os sistemas de combustível dos seus veículos na Grécia. Em última análise, os problemas levaram a Toyota e a M-Sport-Ford a retirar os veículos de Sami Pajari, Martins Sesks e Gregoire Munster da competição. As etapas afetadas do rali em piso de grava foram particularmente exigentes para os pilotos e para os veículos, o que agravou os problemas.
A causa exata das avarias ainda não foi esclarecida. No entanto, acredita-se que o calor extremo na Grécia, com temperaturas no cockpit a atingirem os 70 graus Celsius na sexta-feira, tenha sido o catalisador dos problemas.
Investigações em curso
As avarias relacionadas com o sistema de combustível ocorreram na quarta prova desde a mudança para um novo fornecedor de combustível sustentável. Depois de a P1 Racing Fuels ter declarado falência no início do ano, a FIA nomeou a TotalEnergies como novo parceiro a curto prazo. O fornecedor francês fornece o combustível desde o Rally das Canárias, em abril.
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) investigou os problemas ocorridos na Grécia exclusivamente em veículos Rally1. Seguiu-se uma série de reuniões entre as equipas e o departamento técnico da FIA. Considera-se certo que não há problemas com o combustível em si – a TotalEnergies continuará, portanto, como fornecedora até ao final da temporada.
Para evitar incidentes semelhantes noutros ralis, as equipas Rally1 podem utilizar outros depósitos de combustível nos seus veículos, já a partir do próximo Rali da Estónia. Embora os depósitos sejam componentes homologados, neste caso não é necessário utilizar um joker de homologação.
O que diz a FIA
«Não haverá alterações no combustível para a temporada de 2025. É da responsabilidade de cada fabricante garantir que o depósito de combustível utilizado cumpre integralmente os requisitos de homologação da FIA e está corretamente ajustado ao combustível prescrito.»
«A FIA apoiou os fabricantes, mediando conversas com fornecedores e ajustando o regulamento. Isso dá às equipas a flexibilidade necessária para fazer as alterações necessárias a partir do Rally da Estónia, sem que isso afete os seus jokers de homologação.»
A FIA acrescenta: «A data da insolvência do fornecedor anterior afetou inevitavelmente os processos de teste habituais dos fabricantes em caso de alteração das especificações do combustível. Esta é muito provavelmente a razão para os problemas que os veículos Rally1 enfrentaram nas temperaturas extremas do Rallye da Acrópole, na Grécia.»