Pierre Gasly assume responsabilidades na Alpine e quer manter o ânimo da equipa, apesar da falta de sucesso contínua — foco em 2026
Pierre Gasly fala abertamente sobre a difícil situação na Alpine. O francês explica que está a tentar ser «o principal fator de motivação» na equipa, enquanto a equipa concentra fortemente o seu desenvolvimento em 2026.
«Acho que o mais importante da minha parte é manter a motivação elevada na equipa — para todos na equipa», diz Gasly. «Porque, no final das contas, por mais frustração que eu acumule por não conseguir trazer pontos, eles estão igualmente desapontados. Todos se dedicam de coração, trabalham horas loucas, viajam pelo mundo para nos dar a oportunidade de correr com o melhor material possível.»
A Alpine está atualmente na fase mais fraca da sua história. Nos últimos cinco Grandes Prémios, o 15.º lugar de Gasly no México foi o melhor resultado, enquanto todas as outras equipas conquistaram pelo menos nove pontos.
Foco total em 2026
Gasly explica que a equipa de Enstone concentrou os seus recursos antecipadamente no novo regulamento. «Sabemos definitivamente que demos um passo atrás em termos de desempenho», diz ele. «Vimos que equipas como a Haas ainda estão a fazer atualizações, mesmo em Austin, enquanto nós não fazemos atualizações há meses — mas tudo bem. Sabemos que ainda temos quatro fins de semana de corrida e, depois disso, começa outro projeto.»
Ele defende a decisão de quase não desenvolver o carro atual: «Estou muito entusiasmado. Estou neste momento entre duas cadeiras, porque este ano está a ser extremamente difícil para toda a equipa e não somos nada competitivos — por razões que conhecemos e por decisões que tomámos taticamente.»
«Se isso me trouxer melhores resultados no próximo ano, não me importo com esta temporada — e valerá a pena», sublinha.
Gasly: Às vezes é preciso tomar decisões difíceis
Gasly considera a estratégia correta, mesmo que seja dolorosa a curto prazo. «O que poderíamos ter alcançado este ano não teria sido bom o suficiente para nós», diz ele. «Estas semanas e meses podem nos dar uma vantagem sobre outras equipas e trazer muito mais sucesso — esse é o objetivo final.»
«Apoio totalmente a equipa no que fizemos. É um pouco drástico, mas às vezes é preciso tomar decisões difíceis para alcançar a grandeza.» Ele está convencido de que os sacrifícios valerão a pena a longo prazo: «Sabemos para onde estamos a trabalhar e não perco de vista o panorama geral.»
Responsabilidade como líder de equipa
Gasly salienta que o seu papel vai além da simples condução. «Tenho de ver as coisas de uma forma mais global, para além das 1500 pessoas que trabalham na pista e na fábrica», afirma. «E especialmente quando sabemos que estamos a trabalhar para algo muito maior para 2026.»
Ele admite que a situação atual não lhe dá muita satisfação. «Se estou a gostar tanto quanto antes? Não. Mas estou ciente do projeto para o qual estou a trabalhar e do que está por vir nos próximos anos. Por isso, é importante para mim ser o principal fator de motivação de cada membro da equipa», enfatiza Gasly.

