Com o Paris St. Germain, esta temporada da Liga dos Campeões encontrou o seu merecido campeão. Munique assistiu a uma festa de futebol unilateral, na qual a Bundesliga ficou apenas a assistir. Um comentário de Frank Linkesch.
Pacífica, animada, rock’n’roll: Munique viveu no sábado à noite uma festa de verão com o futebol emocionante do PSG e a maior vitória de sempre numa final da competição. Já antes do pontapé inicial, os Linkin Park, com a nova vocalista Emily Armstrong, aqueceram os adeptos. Não é preciso gostar desta americanização, mas a atuação foi mesmo assim muito fixe.
Em campo, apenas o Paris St. Germain arrasou, deixando o Inter de Milão como os Rolling Stones sem ritmo. Um vencedor digno do trono do futebol europeu, que, como é sabido, obtém o seu poder financeiro do Catar.
Com exceção do local do evento, a Bundesliga ficou com o papel de espectadora. Há um ano, Willian Pacho ainda defendia o Eintracht Frankfurt, e Max Eberl queria levar o excelente autor de dois golos e assistente Desiré Doué para o FC Bayern, mas o talentoso jogador decidiu ficar na sua terra natal. A liga mais importante da Alemanha forma jogadores, mas perde jogadores interessantes ou nem sequer os consegue contratar.
Exceções em vez de tendência
Vencedores da Liga dos Campeões da Bundesliga ou finalistas como no ano passado, o Borussia Dortmund, não estão na moda, são exceções. Desde o seu triunfo na época do coronavírus em 2020, o Bayern só passou das quartas de final uma vez, e o sonho do «título em casa» terminou contra o Inter, que não teve hipóteses na semifinal. Mas será que esse sonho era realista, tendo em conta o plantel e as lesões? Provavelmente não.
O novo formato com 36 participantes em vez de 32 e com uma fase de liga que também proporcionou emoção na oitava e última jornada provou ser um sucesso. Vale lembrar que o PSG, vencedor da competição, precisou de uma vitória fora de casa contra o VfB Stuttgart (4 a 1) para não ser eliminado prematuramente.
Outros pesos pesados, como Real Madrid e Manchester City, também tiveram dificuldades e foram eliminados mais cedo do que o esperado. O FC Barcelona, muitas vezes espetacular, de Hansi Flick, não conseguiu passar pelo Inter. O lado positivo: o círculo dos favoritos parece ter ficado um pouco maior, o que só pode ser bom para a competição.
E isso oferece uma oportunidade para o Bayern, Dortmund, Leverkusen e Frankfurt darem sinais positivos na próxima temporada. Talvez até com a exceção mencionada em 30 de maio de 2026, em Budapeste, o próximo local da final.
Munique, por sua vez, viveu apenas o início de uma semana fantástica para o futebol. Na quarta-feira, a ação continua no mesmo local com a semifinal entre Alemanha e Portugal pela Liga das Nações. Então, a Bundesliga e o futebol alemão poderão mostrar que, pelo menos em comparação com outros países, não ficam atrás, mas também sabem arrasar.

