O Brasil parecia ser o vencedor certo em Tóquio, até que um erro crasso colocou os japoneses de volta no jogo. A Seleção foi então literalmente atropelada em poucos minutos.
Em comparação com o 5 a 0 na Coreia do Sul na última sexta-feira, o técnico brasileiro Carlo Ancelotti fez várias alterações: Hugo Souza substituiu o guarda-redes Bento, e a defesa de quatro jogadores liderada por Eder Militão, do Real Madrid, foi completamente trocada. No ataque, apenas Vinicius Júnior permaneceu, enquanto Luiz Henrique, Lucas Paquetá e Gabriel Martinelli substituíram os dois artilheiros Estevão e Rodrygo, bem como o avançado Matheus Cunha.
Os japoneses, que começaram com os jogadores da Bundesliga Sano (Mainz) e Doan (Frankfurt), criaram inicialmente um pouco mais de perigo e tiveram a sua primeira grande oportunidade com um remate de ângulo fechado de Minamino (20′). O Brasil começou o jogo de forma mais calma, mas depois atacou com frieza. Uma bela combinação pela direita colocou Paulo Henrique em posição, e o seu remate com a parte externa do pé acabou no canto oposto (26′).
A jogada que resultou no 2 a 0, apenas seis minutos depois, também foi digna de nota: um passe por cima da defesa de Lucas Paquetá encontrou Martinelli, e o jogador do Arsenal não desperdiçou a oportunidade diante do gol japonês.
Erro de Fabricio Bruno muda o rumo da partida
Mas o segundo tempo em Tóquio ainda reservava surpresas. Um erro crasso de Fabricio Bruno colocou o Japão novamente na disputa. O zagueiro perdeu a calma ao tentar construir uma jogada na sua própria área e passou a bola para Minamino, que mandou a bola para o fundo da rede de perto (52′). Fabricio Bruno também não se saiu bem no empate aos 62 minutos, ao desviar um remate de Nakamura para o seu próprio gol – 2 a 2. A situação piorou para Ancelotti, que fez seis substituições no decorrer do segundo tempo. Após um canto cobrado por Ito, Ueda cabeceou de muito perto para o guarda-redes Hugo Souza, que não conseguiu desviar a bola para fora do poste – a partir do minuto 71, o Brasil passou a correr atrás do resultado.
No final, a Seleção não conseguiu virar o jogo no confronto entre os dois participantes da Copa do Mundo. Com a ajuda do atacante Shuto Machino, do Gladbach, o Japão não deu chances ao adversário e comemorou uma vitória histórica. No 14º confronto com o Brasil, foi a primeira vitória dos «Samurais Azuis». Para Ancelotti, por outro lado, o colapso fatal e a falta de reação devem ter levantado algumas questões. Foi a segunda derrota do técnico do Real Madrid desde que assumiu o cargo no início de junho.

